Diana Rodrigues é presidenta do Conselho Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional de
Belo Horizonte (COMUSAN-BH) e atua pela garantia do direito à alimentação adequada dos
belorizontinos. Trabalha na fiscalização e no monitoramento da eficácia das políticas públicas
da cidade, que visam garantir a soberania alimentar e nutricional da população, através da
alimentação saudável e inteligente, envolvendo a agroecologia e a agricultura urbana no
contexto do direito à cidade.
Enquanto conselheira, acompanha as políticas públicas e equipamentos públicos que
proporcionam alimentação saudável a população, principalmente aos mais vulnerabilizados,
buscando refeições saudáveis, balanceadas e de qualidade. Em Belo Horizonte, o Conselho
acompanha os restaurantes populares que oferecem comida balanceada, adquirida do
Programa de Aquisição de Alimentos (PAA).
Também são acompanhadas as políticas de implementação de hortas urbanas e cozinhas
comunitárias, visando proporcionar o direito humano à alimentação adequada e a comida de
verdade, para que a população acesse uma comida mais saudável, agroecológica e justa para
quem planta e quem consome.
O conceito de segurança alimentar e nutricional traz o respeito à diversidade, à
sustentabilidade e à cultura alimentar. Então, o Conselho tende a trabalhar incentivando o
respeito às culturas alimentares e valorizando a produção de uma comida diferenciada, que
traga a memória alimentar.Nós acompanhamos algumas agricultoras que produzem comida de verdade na cidade, que
trazem também a produção através da sua memória afetiva do plantio com seus pais ou de
quitandas que aprenderam com seus antepassados. Então, o Conselho embarca e valoriza a
cultura alimentar de Belo Horizonte.
Além de presidenta do COMUSAN, Diana é nutricionista e atua em pesquisas na área da
agricultura urbana, com o Grupo de Estudos em Agricultura Urbana AUÊ – UFMG. Essa
experiência possibilitou conhecer as/os agricultoras/es de uma forma mais afetiva, e entender
as dificuldades de venderem seus produtos.
Eu sempre acreditei na alimentação como forma de unir as pessoas, então eu sempre dei de
presente comida para as pessoas, e decidi formar um negócio onde as pessoas também
pudessem presentear outras pessoas afetivamente.
Iniciei um projeto de cestas agroecológicas de café da manhã, onde a pessoa pode oferecer
para a pessoa amada ou para si mesmo, uma comida de verdade, sem veneno, como uma
forma de autocuidado e cuidado com o outro.Recentemente, tenho feito coffee breaks em espaços onde estamos discutindo as políticas de
segurança alimentar, de agricultura urbana e direito à alimentação adequada. Nesses
encontros, oferecemos comida de verdade, trazendo afetividade, carinho e cuidado, e
auxiliando essas agricultoras através da empresa Di Nutrir.